Limpeza da Kiss

Juiz diz que não cabe a ele decidir quem pagará pela descontaminação de pertences de vítimas

Lizie Antonello

"

Sem entrar no mérito de quem deve ou não pagar pela descontaminação dos pertences das vítimas encontrados dentro do prédio onde funcionava a boate Kiss, o juiz Ulysses Fonseca Louzada disse, na manhã desta quinta-feira, que não cabe a ele essa decisão:
_ Os familiares vieram até mim, pedindo que interferisse para que os pertences não fossem levados junto com os demais resíduos. Mas, essa questão não faz parte do processo criminal. Eu só quis ajudar. É uma questão que deve ser conversada entre o Ministério Público, a Fepam, os familiares e a dona do imóvel.

O juiz se refere a um inquérito civil público que está em andamento na Promotoria Ambiental que trata das questões ambientais envolvendo a Kiss. Segundo o promotor Maurício Trevisan, responsável pelo inquérito, o assunto da limpeza do prédio também vem sendo tratado no processo criminal, que tem a custódia do prédio, e não foi cogitado pela Assistência de Acusação, a separação e entrega dos objetos.
_ Não houve manifestação anterior por parte dos familiares demonstrando interesse em reaver os objetos. O plano apresentado e aprovado pela Fepam é de destino de todos os resíduos, não contempla essa decisão (sobre os pertences). Não tem como exigir, agora, que a empresa (dona do prédio) mude o plano _ disse Trevisan.

:: Equipe trabalha na remoção dos móveis da Kiss
:: Para Justiça, familiares de vítimas da Kiss devem pagar por descontaminação de objetos pessoais
:: "Os pais não deveriam ter mais um ônus, além da perda dos filhos"

A entrega dos pertences foi solicitada na última sexta-feira, quando um grupo de familiares das vítimas procurou o juiz Ulysses Louzada. A

Carregando matéria

Anterior

'Os pais não deveriam ter mais um ônus, além da perda dos filhos'

Próximo

Mulher que atirou 12 vezes contra o ex teria sido estuprada por ele

Geral